terça-feira, 27 de dezembro de 2011

DEPUTADO JEAN WYLLYS E CURA DE GAYS NA TV

Deputado quer punição para quem pregar ‘cura de gays’ na TV
O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), ex-ganhador do Big Brother Brasil 2005 disse em entrevista ao site UOL e à Folha que deve ser sancionada uma lei para padres e pastores que atacarem homossexuais em seus programas de TV e rádio e que promoverem campanhas de ‘recuperação’ ou ‘cura’ da homossexualidade. Segundo ele, a punição deve ser estabelecida em lei. “A afirmação de que homossexualidade é uma doença gera sofrimento psíquico para a pessoa homossexual e para a família dessa pessoa”, disse. “Eu acho que tem que haver uma sanção. Eu quero que a gente compare, simplesmente, com outros grupos vulneráveis para saber se é bacana. Alguém que chegue e incite violência contra mulheres e contra negros, ou contra crianças nesse país… Vai ser bem aceito?”. Jean Wyllys falou sobre o assunto no programa “Poder e Política – Entrevista” conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues. O deputado afirmou que os religiosos “são livres para dizerem no púlpito de suas igrejas que a homossexualidade é pecado”. O problema seria o uso de concessões públicas para “demonizar e desumanizar uma comunidade inteira, como é a comunidade homossexual”. Ele também criticou mudanças feitas pela senadora Marta Suplicy (PT-SP)ao Projeto de Lei 122 de 2006, que propõe tornar crime atitudes homofóbicas – como já ocorre com o racismo no Brasil. Segundo Wyllys, o texto apresentado por Marta “foi redigido pelo senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que não é homossexual e, muito pelo contrário, não tem muita simpatia pela comunidade homossexual”.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A Primeira Igreja Batista em Bento Ferreira (PIBBF), no Espírito Santo, está lançando um projeto inédito através da internet, chamado “Suave Pecado”, que vai mostrar por meio de uma web minissérie a vida de uma família de evangélicos. Celso e Silvia são os pais dos jovens Bruno e Julia, que frequentam uma igreja protestante, mas apesar disso, não levam a sério os valores éticos e morais pregados na igreja, com exceção de Silvia, que aguarda pela mudança de postura da família. No primeiro capítulo, Celso vai demonstrar ansiedade com algo e tudo mostra que ele guarda um grande segredo, a produção dessa web minissérie vai contar com os espectadores para decidirem que segredo é esse. ‘Suave Pecado” é uma produção de Samuel Paganoto, que é webdesigner e membro da PIBBF, o elenco também é formado por membros da congregação que tem sob direção o cineasta Edson Ferreia em parceria com a Etnia Filmes. Assista o primeiro episódio:

GLOBO, BABILÔNIA, ANA PAULA

Esposo de Ana Paula Valadão compara Babilônia às intenções da Globo
O pastor Gustavo Bessa, esposo de Ana Paula Valadão escreveu no blog da cantora, um texto em que comparava a história da Babilônia e da Pérsia fazendo uma ligação com a aproximação que os evangélicos estão tendo com a Rede Globo, considerada por muitos pastores como a ‘Babilônia’. No texto o pastor conta a forma como o império da Babilônia tentava descaracterizar o povo de Deus fazendo com que eles se misturassem com outros povos e assim fossem esquecendo suas culturas. Por diversas vezes esse reino tentou destruir a identidade dos judeus até que o rei Ciro resolveu reconstruir o templo e assim se aproximou dos judeus. “Não que Ciro tivesse se convertido ao Deus do Céu. Ele não pensava religiosamente, mas sim politicamente. Ele queria ter aliados políticos a fim de manter o seu império”, explica o esposo de Ana Paula. Bessa também explica que “enquanto Ciro pensava a partir da perspectiva política, o povo Judeu pensava a partir da perspectiva divina”, pois para os judeus não importava as intenções do rei, mas o fato do templo ser reconstruído. É nesse momento do texto que o pastor compara a Babilônia com a emissora carioca dizendo que a igreja vive um momento parecido de aproximação. “Se antes, havia uma tentativa de desacreditar e descaracterizar a igreja evangélica por meio de caracterizações, hoje existe uma tentativa de aproximação dos evangélicos”, diz ele que confessa que o interesse da Globo nada mais é do que comercial. O pastor Gustavo, esposo da líder do Diante do Trono, Ana Paula que tem contrato com a Som Livre, explicou também que a abertura que a direção da Globo deu aos cantores não significa que se converteram, mas que assim como o rei Ciro, eles estão interessados em promover algo que é importante para os evangélicos, no caso, a música gospel. “Enquanto a Rede Globo pensa a partir da perspectiva comercial, a igreja evangélica precisa pensar a partir da perspectiva divina”, escreve ele que concorda que assim como os judeus não se importaram com as intenções de Ciro, os evangélicos também não precisam se importar com as intenções comerciais da Globo. Fonte: Gospel Prime

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

PASTOR METRALHADORA

FILME COM GERARD BUTLER -MACHINE GUN PREACHER- MOSTRA BANDIDO QUE VIRA PASTOR E RESGATA CRIANÇAS NA ÁFRICA A história de um homem que deixou de ser bandido e o mundo das drogas e que virou pastor para abraçar uma missão de resgatar crianças das mãos de guerrilheiros na África virou filme. “Redenção” (Machine Gun Preacher) estreia nesta sexta-feira (16) nos cinemas do Brasil. O pastor Sam Childers, que ficou conhecido como “pastor metralhadora” vai ser interpretado pelo ator escocês Gerard Butler, que foi muito elogiado por sua atuação pela crítica especializada. Segundo a divulgação da Folha On line, o filme irá mostrar as dificuldades e dilemas pelos quais Childers passou quando visitou a África, inicialmente apenas para fazer um trabalho voluntário. Desde então decidiu tomar aquela região como sua, mesmo sendo ‘tão distante’ da realidade de onde vivia. O pastor, impactado com o sofrimento das pessoas do Sudão, decidiu construir um orfanato em uma das áreas mais perigosas da região, passando a ser chamado de “salvador branco”. Mas toda essa situação acabou interferindo em sua relação com a família e para isso, teve que ter muito cuidado e paciência para conciliar as coisas. O roteiro foi escrito por Jason Keller, baseado na autobiografia “Childers, Another Man’s War: The True Story of One Man’s Battle to Save Children in the Sudan (A guerra de Childers: a verdadeira história da batalha de um homem para salvar crianças no Sudão)”. A história é baseada em fatos reais. Michelle Monaghan (“Controle Absoluto”), Madeline Carroll (“Promessas de um Cara de Pau”), Michael Shannon (“Possuídos”), Kathy Baker (“Tinha que Ser Você”) e Souleymane Sy Savane (“Goodbye… Solo”) completam o elenco. Cenas e fotos reais de Childers e sua família na África são mostradas após o final do filme. Assista ao trailer do filme:

domingo, 18 de dezembro de 2011

NO NATAL EU COMEMORO JESUS

FESTIVAL PROMESSAS NA GLOBO

O sal se tornou insípido.
Assisti atônito ao Jornal Nacional e vi o William Bonner e a Patrícia Poeta, com a alegria que lhes é peculiar no horário nobre, anunciarem o encontro gospel denominado Festival Promessas, que se realizará, hoje, no Aterro do Flamento, Rio, realizado pela TV Globo com o apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro (http://g1.globo.com/jornal-nacional/).

Isso não ficou por aí, mais tarde, no Jornal da Globo, o Willian Waack e Christiane Pelajo deram a mesma ênfase na notícia.

Os meus neurônios se aquietaram e fui dormir pensando nisso.

Hoje, pela manhã, pesquisei, no site da Globo (http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/12/festival-de-musica-gospel-tera-oito-horas-de-shows-neste-sabado-no-rio.html) e constatei o que já imaginava, a divulgação está perfeita. Entre no site e acompanhe os tópicos da matéria: fala do trânsito; apresenta mapas; dá dicas de como chegar ao local (acesso via aeroporto, metrô, estacionamento); e destaca as recomendações importantes.

Aprendi, com o ditado popular que: “quando a esmola é demais o cego desconfia”.

Se você tiver a curiosidade de assistir o vídeo do Jornal da Globo (final da noite de ontem), verá quando o jornalista mostra os evangélicos que chegaram 24 horas antes para pegar os melhores lugares e verem de perto os seus ídolos (isso mesmo, a palavra utilizada é “ÍDOLOS”).

Por que estou pasmo com isso?

Por que sinto cheiro de algo estranho no ar?

Para muitos, meu pensamento pode não fazer sentido. O arraial da igreja está em festa; a juventude gospel empolgadíssima. Afinal, conseguimos o espaço na mídia, que merecíamos há muito para divulgar o Evangelho. Ouviremos palavras de ordem: “é bênção pura”; “somos cabeça e não cauda”; “botamos o diabo em baixo de nossos pés”, e outras mais.

Pergunta: que evangelho vai ser divulgado no show?

O máximo que a sociedade vai perceber (pelo noticiário da TV) é que hoje os evangélicos são uma multidão e uma grande força política (isso não é novidade, todos já sabem).

Todavia, os mais inteligentes e críticos podem ir além e dizer que a Globo está se aproveitando do cisma evangélico promovido pelo Edir Macedo e sua Rede Record – no episódio da reportagem do “cai-cai”, levada ao ar no programa Domingo Espetacular há aproximadamente três semanas – para se aliar à parte ofendida da igreja (todos os outros crentes que não pertencem à Igreja Universal) e dar uma demonstração de força vinda da audiência evangélica, uma vez que a briga da Globo com a Record dividiu os crentes: do lado da Record ficou a Universal; e do lado do Globo, as demais denominações. Lembre-se que isso é um jogo empresarial.

E agora, de que lado você está?

Por favor, saia do quadrado e raciocine sobre o que está acontecendo na igreja evangélica brasileira, já há algumas décadas:

1) Até meados da década de 70, os crentes eram perseguidos e “mal vistos” pela sociedade de maioria católica.

Lembro-me, na minha infância e juventude, que era possível conhecer um crente de longe, pelo seu santo radicalismo. Eu, que não vim de família evangélica, “morria de medo” de me aproximar deles, pois, num pensamento imaturo, corria risco. Para mim, aquilo era semelhante a chegar perto de um leproso. Quem viveu naquela época, fora da igreja evangélica, sabe do que eu estou falando. Havia uma diferença perceptível na presença de uma família cristã. Na verdade, ninguém queria se aproximar deles, com medo de se tornar um radical nas práticas, atitudes e vestimentas, além de carregar aquele velho e pesado livro de capa preta.

Pois bem, o tempo passou e as coisas mudaram ...

2) No final da década de 70, surgiram as primeiras igrejas neopentecostais. A partir daí as coisas tomaram outro rumo. A Igreja foi para a mídia e as figuras carismáticas ocuparam o espaço da TV nas manhãs de domingo. Era o início dos tele-ministérios. A Igreja começou a ficar famosa; e apareceu um “fogo estranho” no meio evangélico: o culto às personalidades. Os líderes ganharam poder político e a humildade sucumbiu à vaidade.

O paradigma mudou. A figura do grande líder ocupou espaço e o Senhor da Igreja, ainda mencionado nos cultos, passou a ser um mero coadjuvante e assessor de causas impossíveis.

Com esse novo paradigma instalado e consolidado, os líderes nanicos passaram a invejar os grandes ministérios e, em lugar de se manterem exclusivamente fiéis ao Senhor da Igreja, começaram a imitar as práticas estranhas: dinheiro, vaidade e poder. O combustível da Igreja passou a ser o vil metal.

Líderes se levantaram contra líderes. A luta deixou de ser “contra o sangue e a carne, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”. A luta passou para o âmbito interno da igreja (como diria Jesus, “casa dividida”); contra feudos e guetos denominacionais; contra todos aqueles que pudessem ameaçar o meu espaço ministerial. A Glória de Deus passou a ser disputada palmo a palmo pelos homens.

3) Com o poder na mão de grandes líderes, o cenário estava armado para o próximo passo: a conquista do poder político. O alvo, agora, eram as cadeiras legislativas (Câmara, Senado Federal e assembléias legislativas). A desculpa era: “vamos mudar a sociedade pela lei”. Bela desculpa. Quando os pastores deixaram seus púlpitos e desembarcaram nos cargos políticos, ao invés de salgarem o ambiente totalmente corrompido, se acostumaram a ele. A igreja passa a ter novas bandeiras: saúde, educação, segurança, ecologia, distribuição de renda, qualidade de vida, etc.

Por serem subordinados a partidos, os pastores políticos foram obrigados a defender ideais partidários: a descriminalização do aborto e a luta contra a homofobia.

Pois bem, chegamos os nossos dias com essa realidade. Agora sim, a igreja evangélica chegou ao nível de licenciosidade que a sociedade aceita. Nesse momento, não oferece mais ameaça. Até a Rede Globo quer ser parceira dela. Onde já se viu isso?

Para finalizar tal reflexão, segue uma pergunta feita há quase dois mil anos pelo próprio Senhor da Igreja:

“[...] ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens” - Mt 5:13.

Que saudade faz o “santo radicalismo”.


TEXTO Luciano Abreu.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

PORNOGRAFIA: CONSUMO CONTUMAZ ENTRE OS EVANGÉLICOS


É uma equação complicada. De um lado vivemos uma fé que impõe a abstinência sexual em todas as suas instâncias antes do matrimônio. De outro, contamos em nossas igrejas com uma enorme população de solteiros (muitos deles jovens entre 16 e 24 anos de idade), explodindo de hormônios, inundados de desejo e estraçalhados por uma curiosidade motivada por programas de televisão, filmes, músicas com poesia duvidosa e conversas com amigos – além da própria natureza humana. E aí, como se comportar no meio dessa equação?


Fazer ou não fazer, eis a questão. Masturbar-se para segurar a onda? Morrer de culpa? Casar-se para não abrasar-se? Em meio a tantos pontos de interrogação, o jovem do século 21 encontra ao alcance da mão com uma facilidade nunca vista antes na História da humanidade um ponto de exclamação que pode soar como a solução para seus problemas: a pornografia. Basta ter um computadorzinho qualquer com um acesso chinfrim à Internet e a qualquer hora do dia ou da noite as portas do mundo do sexo se escancaram, num universo interminável de fotos, vídeos e imagens de todo tipo, para todos gostos e fantasias, que são capazes de levar os jovens cristãos a experiências extáticas mas ao mesmo tempo letais em termos espirituais.

ASPECTOS BÍBLICOS E ESPIRITUAIS

Achei curioso que, quando os organizadores da pesquisa o Crente e o Sexo do Bureau de Pesquisa e Estatística Cristã me convidaram para escrever sobre as conclusões dela, me foi dito que a coisa entre os jovens não estava tão feia assim quanto no aspecto geral da Igreja. Só que, ao pegar os dados para analisar, a realidade que se descortinou ante meus olhos não foi nada serena: foi aterradora. Biblicamente, extremamente preocupante. Os resultados mostram solteiros (jovens ou não) doentes espiritualmente e entregues à pornografia em todos os seus aspectos.

Para compreendermos o porquê de os resultados serem assustadores, temos de ir a passagens como Gálatas 5.19-21a, onde encontramos as obras da carne descritas por Paulo:

Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes.

Algumas dessas obras da carne estão diretamente associadas ao consumo da pornografia e suas implicações naturais – as ações físicas que ela provoca, como a masturbação, e as disposições de alma, como as que veremos a seguir. A saber, a impureza (do grego akatharsia, que significa impureza moral) e libertinagem (do grego aselgeia, que significa licenciosidade, lascívia, devassidão), segundo a tradução da Nova Versão Internacional (NVI). Vejamos então a definição exata que o dicionário estabelece para cada um desses termos:

● Impureza – aquilo que tem mistura; que não é límpido. Ou seja, impureza moral é algo moralmente poluído, cujos conceitos de certo e errado estão contaminados, alterados. Logo, é algo que não é santo.

● Libertinagem – característica do libertino, que é quem revela um comportamento moralmente desregrado, centrado nos prazeres sexuais, com propensão para a sensualidade e a depravação de costumes.

Ou seja, o cristão que faz uso da pornografia necessariamente manifesta em sua vida uma moral poluída; seus conceitos de certos e errado estão contaminados e ele revela um comportamento moralmente desregrado, centrado nos prazeres sexuais, com propensão para a sensualidade e a depravação de costumes.

Bem, alguém poderia perguntar, mas qual é o grande problema disso? Por que o drama? A resposta está no versículo 21:

“Aqueles que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus”.

Ou seja, eis o porquê de as conclusões da pesquisa serem aterradoras: o uso contumaz da pornografia denota um caráter naquele que se diz ser cristão que é inconsistente com a prática de pessoas salvas, justificadas, regeneradas pelo Senhor Jesus Cristo. Logo, o uso costumeiro de pornografia pode ser um sintoma sério de não salvação.

Ou seja: o consumo contumaz de pornografia pode ser um forte indicador de que muitos dos membros de nossas igrejas estão indo para o inferno. E ninguém se dá conta disso. Nos nossos dias, acredita-se que o mercado de DVDs, fitas VHS e canais de TV a cabo pornô movimente cerca de 14 bilhões de dólares no mundo – equivalente às vendas anuais de armamentos dos Estados Unidos. Tenho 39 anos. Lembro claramente que, na minha juventude, o único acesso à pornografia eram as chamadas “revistinhas de s...”, adquiridas com muita dificuldade e traficadas com avidez entre os jovens espinhentos nas escolas. Filmes pornôs em cinema, nem pensar, ser barrado na porta era certeza – salvo se fosse escorregado um bom dinheiro ao porteiro. Locadoras de vídeo eram algo incipiente e as seções de filmes do gênero ficavam em áreas à parte (e quem tinha coragem de chegar ao balconista e pedir para alugar?). Sim, no período pós-ditadura e ainda sob os auspícios da censura federal ter acesso à pornografia era uma arte de difícil execução. Nesse sentido, o jovem cristão estava bem protegido e blindado das tentações de ter acesso a qualquer tipo de material. Se o rapaz ou a moça conseguiam passar pelo namoro em santidade, não seria um material gráfico ou audiovisual que seria um grande problema à sua comunhão com Deus. Mas os tempos são outros.


Fonte: BEPEC - www.bepec.com.br


A Internet mudou tudo. Agora, qualquer cristão ou não, em qualquer quarto do mundo, com um clique consegue ter acesso a qualquer tipo de pornografia. E qualquer significa qualquer mesmo: pedofilia, zoofilia, lesbianismo, sexo grupal, relações homoeróticas, coprofilia... tudo o que se possa imaginar. E a pesquisa mostra algumas das consequências dessa facilidade: 66,54% dos jovens evangélicos solteiros confessaram que se masturbam regularmente.

Se isso passou batido, vou repetir: 66,54% dos jovens evangélicos solteiros que você encontra na sua igreja se masturbam regularmente. Isso significa mais de dois terços.

E é algo grave, uma vez que a masturbação exige algum tipo de estímulo, seja visual, auditivo ou imaginário. Então a primeira constatação é que a facilidade de acesso aos meios de pornografia estão sim tornando os nossos jovens masturbadores contumazes, com todas as implicações bíblicas que isso traz.

Como se isso não bastasse, é na seção “Hábitos relacionados a sexo entre solteiros evangélicos por grupos” que o quadro se revela muito mais grave com relação ao uso da pornografia por parte dos nossos jovens evangélicos.




A facilidade do acesso pela internet se comprova ao vermos que 67,21% dos nossos jovens evangélicos com 16 a 24 anos dão suas clicadas habituais em fotos, vídeos e outras sujeiras pornográficas. E são esses jovens que logo depois estão no culto, mãos erguidas, cantando, evangelizando, liderando atividades e estudando nos seminários para ser os pastores e líderes do amanhã. Ainda assim, não vemos nas igrejas nenhum movimento específico ou dirigido no sentido de levar esses jovens viciados em cyberpornografia à contrição, a pedir perdão de seus pecados, à purificação. E como ninguém admitirá publicamente essa contradição, isso gera outro pecado bem presente nas nossas congregações: a hipocrisia – pessoas que pregam algo de púlpito mas que na solidão de seus quartos praticam o oposto.


Fonte: BEPEC - www.bepec.com.br

A coisa não está boa. A situação quanto ao uso de pornografia é grave e está presente nas igrejas. Não é uma ameaça contra a qual devemos nos preocupar como algo que pode acontecer: já acontece, já está presente e já causa danos gravíssimos na vida espiritual dos nossos jovens.

A estatística sobre o consumo de pornografia pela internet diminui um pouco entre o total de solteiros evangélicos (de todas as idades) e cai para 55,50%. Agora, se essa queda soou como algum tipo de alívio, acredite: não é. Pois revela que mais da metade dos nossos solteiros são adeptos da cyberpornografia. Isso é mais da metade da membresia descasada das igrejas! Ou seja, estatisticamente, metade nos solteiros que você vê ao seu redor nos cultos vão para casa, ligam seus computadores e se conectam em fotos, videos e outras mídias eróticas. Aonde isso os leva em termos físicos, mentais e espirituais... você pode imaginar. Não admira que a espiritualidade de nossas igrejas esteja tão flácida.

Os números caem substancialmente e previsivelmente quando a coisa passa para a televisão , o DVD ou o cinema e por uma razão óbvia: a facilidade de uso da web é infinitamente maior do que nessas outras mídias. Além disso, a escolha da “programação” é bem mais ampla. Por isso, os números oscilam entre 15,40% e 17,09% (porcentagem maior entre os solteiros mais velhos, pois muitos dos mais antigos ainda preferem as antigas tecnologias). De igual modo o consumo de pornografia em revistas despencou drasticamente, para 5,12% a 6,7%, prova de que a mídia eletrônica é hoje o canal por excelência que merece a atenção maior das nossas lideranças. As antigas “revistinhas de s...” já não são tão preocupantes como TV e outras mídias e, fundamentalmente, a Internet.


Logo, pastores e líderes de jovens que querem discipular seus solteiros contra o consumo de pornografia devem voltar a esmagadora maioria de seus esforços para o universo virtual. A Internet, hoje, no que tange ao uso equivocado da sexualidade solitária entre os solteiros, é a grande vilã.

Outro dado revelador e impressionante é a prática de sexo virtual pela internet. Talvez como resultado de uma ilusão: já que você faz daí, eu faço daqui e a gente não se toca, quem sabe não é tão pecado assim? Praticamente um quarto (24,5%) dos entrevistados entre 16 e 24 anos confessaram ser adeptos desse hábito. Isso é um dado seríssimo. Pois embora seja a minoria, equivale a muita gente. Nossos solteiros estão fornicando por via virtual e achando isso normal. E aqui vale lembrar que fornicação é fornicação, não importa a maneira que é praticada. (“Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da fornicação” – 1 Ts 4.3; “Mas a fornicação, e toda a impureza ou avareza, nem ainda se nomeie entre vós, como convém a santos” – Ef 5.3).

O que torna essa prática ainda mais grave: sexo virtual envolve outras pessoas. Ou seja: para cada um dos nossos solteiros que está pecando ao se relacionar sexualmente de modo virtual há alguém do outro lado da webcam fazendo a mesma coisa. Estamos não só pecando, mas levando outros a pecar. As estatísticas mostram que, em vez de estarem distribuindo folhetos evangelísticos, nossos jovens solteiros estão distribuindo suas vozes e seus corpos para a lascívia de almas que já estão espiritualmente destroçadas. O mesmo se aplica à frequência a chats de sexo. Ou seja, o sexo está sendo praticado pelos nossos jovens solteiros em nível mental, verbal e, naturalmente, espiritual. O que é importante repararmos é que 26,47% dos jovens solteiros cristãos frequentarem chats onde fica se falando de sexo (e, lógico, esimulando-se a imaginação e, quem sabe, travando contatos com pessoas que mais tarde os levarão a motéis) está longe de ser um dado leve ou que nos dê alívio. É muita gente! É uma parcela muito expressiva da Igreja de Jesus Cristo. Devemos olhar esses numeros com muita preocupação.


Fonte: BEPEC - www.bepec.com.br

Por quê? Pois, com isso, o nosso papel de sal da terra e luz do mundo vai pelo ralo abaixo. Só resta a uma enorme parcela daqueles que frequentam as nossas igrejas ser lançada fora e pisada pelos homens. É uma triste realidade, mas é a que a pesquisa está revelando.


CONCLUSÕES

A pornografia é um polvo assassino com muitos tentáculos: revistas, DVDs, Internet. E essa besta invadiu as nossas igrejas. Não, não está à porta nos ameaçando. Já invadiu e já está agarrando nossos solteiros, tornando-se uma das grandes causas de distanciamento entre milhares de almas e o Deus Santíssimo.

É motivo de grande preocupação para pastores e líderes. Grandes eventos, mega louvorzões e raves gospel não curam esse mal. É hora de nos perguntarmos: será que o modelo entretenedor que temos usado nas nossas igrejas está conduzindo nossos solteiros (especialmente os jovens) a estar próximos de Deus? Falta leitura bíblica. Falta oração. Falta jejum. Faltam as disciplinas básicas da fé cristã. Um solteiro que jejua treina a controlar sua carne. Um jovem que ora aproxima-se do Espírito e, assim, distancia-se da carne. Ler a Palavra, então, é o remédio dos remédios para qualquer doença da alma.

Mas nossas igrejas estão muito preocupadas em “ganhar almas” e depois em “preservar essas almas na igreja”, seja com shows gopel ou atividades do gênero. Mas a pesquisa mostra que isso não está gerando frutos. Os resultados do modelo que nossas igrejas têm adotado são deficientes. Organizar show dessa ou daquela banda de rock gospel da moda com uma palavra bíblica no meio não está gerando resutados sólidos.

Pastores e líderes precisam resgatar disciplinas que podem até soar antiquadas e podem arrepiar os mais emergentes, que amam uma contextualização. Mas a contextualização da mensagem do Evangelho por si só não gera santificação. Temos que voltar às bases, aos fundamentos. Ensinar o que é pecado. Quais são suas consequências. Voltar a ensinar aos jovens que ser cristão é tomar a cruz e seguir Jesus. É renunciar. É muitas vezes sofrer pela causa do Evangelho. Temos ensinado boas-novas água com açúcar e os resultados estão nos números da pesquisa. O temor saiu pela janela.

A pornografia não é algo novo, é velha como o tempo. O registro mais antigo de um objeto representando o nu é uma peça esculpida em calcário por volta do ano 30.000 a.C., encontrada na Áustria. O pêndulo da busca pelo estímulo erótico e seu refreamento pelos princípios da fé passa por todas as etapas da História: pela opressão sexual da Idade Média, pelo afrouxamento do controle religioso da Renascença, pelo decoro bíblico da Reforma, pelos libertinos da França do século 18, pela revolução pornográfica que a invenção da fotografia gerou no final do século 19, pela explosão de filmes pornôs já em 1896 (apenas um ano após a primeira exibição cinematográfica no mundo), pela censura dos anos 30 e 40 nos EUA, pelos hippies nos anos 60 e as manifestações por mais liberdade sexual, pela invenção do videocassete e a consequente explosão da indústria pornô... até os nossos dias. Tudo isso mostra que a pornografia é um inimigo indestrutível. E que hoje ganhou força máxima, com as facilidades da Internet, das webcams, dos chats, da quebra das barreiras.

Diante disso, que faremos? Que cada pastor, cada líder, cada jovem solteiro responda, pois um dia estaremos diante do Criador e teremos de prestar contas de cada palavra e ato que fizemos ou deixamos de fazer nesta vida. Que Deus nos ajude a todos.



Fonte Genizah